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Protesto contra 'surubinha' gera debate nas redes sociais de influenciadoras paraenses

  • Foto do escritor: Alexandre Meireles
    Alexandre Meireles
  • 23 de jan. de 2018
  • 2 min de leitura

As Ousadas começaram uma campanha no instagram para conduzir seus seguidores a denunciar a música “surubinha de leve” no youtube, pela letra conter teor de incitação ao estupro. Diante de protestos que se espalharam pelo Brasil todo, na última quinta-feira, o Spotify, Deezer e Youtube decidiram tirar a música do ar.

Antes mesmo de saber da notícia, as meninas já tinham preparado um material de protesto. Uma foto, em que mostram uma parte do corpo, escrita com batom “estupro disfarçado de surubinha de leve”. Foi o suficiente para que a postagem fosse compartilhada por inúmeros usuários e o espaço para comentários virasse uma verdadeira arena de conflito. Em menos de 24 horas já eram mais de 500 comentários.

Um internauta disse “feministas nem são gente, só falam merda sem nexo”. Outros atacaram a nudez exposta na foto. “Não entendo, dizem que a música é estupro e elas estão nuas. Quem quer ser estuprada são elas, hipócritas”, disse outra usuária.

Usar o corpo foi proposital. “Queríamos escrever uma palavra em batom vermelho, que é um signo feminino. Acabamos achando melhor deixar a pele mais exposta pra frase aparecer melhor. Por isso escolhemos costas e braços. Além disso, a nudez em si também é uma forma de protesto. Eu posso estar nua, isso não dá o direito a ninguém de me violentar e quando a gente expõe o corpo é isso que precisa ficar bem claro”, explica Mari.

Mas antes das meninas se manifestarem outros usuários saíram em defesa: ”uma música em apologia ao estupro é crime. Elas têm o direito de mostrar o corpo, e ninguém tem o direito de estuprá-las por isso”, disse uma seguidora.

Lollie afirma que ficou assustada com os ataques, mas considera que isso faz parte do processo. “É um choque, dá vontade de chorar de ver tanta gente que não compreende que o feminismo nada mais é do que a luta por igualdade de direitos. Nós damos a nossa cara a tapa e passar por isso faz parte da luta, e é assim que se muda a cultura, falando sobre o problema. Algumas pessoas são apedrejadas, como no caso, nós. Paciência. Faz parte do nosso trabalho”, afirma a influêncer.

(DOL)


 
 
 

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