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CRÔNICA DO GRANDE

  • Foto do escritor: Alexandre Meireles
    Alexandre Meireles
  • 1 de fev. de 2018
  • 3 min de leitura

“Alô, alô, alô papai, Alô mamãe, Pôe a vitrola prá toca...” Quantos pais e quantas mães choraram frustrados com seus filhos nestes dias de resultado do vestibular? Ou até mesmo quantos estudantes, que se dedicaram o ano todo e não conseguiram a tão sonhada aprovação? Acredite, não é culpa do seu filho, a não aprovação, é culpa do sistema.

Nestes dias de resultado do vestibular, são dias especiais, pois afloram os melhores sentimentos para aqueles que um dia já experimentaram a felicidade efêmera da aprovação e, para aqueles que respectivamente ainda estão comemorando. Mas pouco se fala nos que não conseguiram uma vaga, muitos deles estudaram até mais do que alguns que foram aprovados, mas não deu, o sonho foi adiado. E, esse número de sonhadores se torna maior ainda, a medida em que se debruça o olhar para a ZONA RURAL.

Aparentemente o que se prega aos quatro ventos, é que os direitos são iguais, só não passa quem não quer, em tese.

Que competição desigual!

Acordei hoje pensando e, em minhas lembranças vinham a época em que estudava o fundamental nas escolas da zona rural, lembro-me, que as escolas eram precárias; passei por professores que entravam 08:30h da manhã, mais de uma hora de atraso e ainda tínhamos recreios imensos, saímos cedo, e esses eram apenas alguns dos muitos problemas da minha época. Hoje talvez estejam bem piores. As dificuldades do passado, muitas delas, ainda persistem agregadas as novas, que são de conhecimento de todos da Secretaria de Educação e do Conselho Municipal de Educação, que as vezes ainda marcam de fazer as visitas esporádicas, mas que nunca fazem. Falo que é do conhecimento desses cidadãos, porque outrora, em uma reunião, um “MEDALHÃO” citou, “que é fácil encontrar professoras da zona rural passeando aqui na cidade, em pleno dia letivo, enquanto deveriam estar em sala de aula”; pasmem, em algumas comunidades, nos dias em que se celebram missa, o Professor não ministra aula. Lembre-se que esse aluno um dia vai concorrer a uma vaga, com outros que vem de uma educação feita com responsabilidade. Em consequência a todo esse descaso, ou massacre a educação, seja lá como for que você queira chamar, vimos mais um ano em que os nossos jovens, com exceções de pouquíssimos, não obtiveram as suas aprovações, sonhos foram adiados mais uma vez. Podemos responsabiliza-los pelas suas não aprovação? Não. Negaram a base da educação e ela fazem falta hoje. Ensino superior deveria ser da mesma forma em que se cursa o ensino médio, sem precisar passar por tanta humilhação.

Enquanto isso, continua a opressão dos cursinhos em busca de expansão e o desespero por aprovação, o que tem levado diversos vestibulandos ao suicídio, como vemos nesta notícia:

“ESTUDANTE SE SUICIDA APOS LISTÃO DO VESTIBULAR

Agora a pouco, nessa tarde de terça feira, uma jovem estudante atentou contra a própria vida, e se matou!!! O fato aconteceu na passagem São Benedito entre Estrela e Timbó, no bairro da Pedreira. Segundo informações, ela teria se trancado no quarto após a divulgação do listão da UEPA, e num momento de desespero teria tomado vários medicamentos, uma ambulância do SAMU ainda foi chamada, mas ao chegar os paramédicos verificaram que a jovem infelizmente já estava em óbito. Nesse momento, o IML está no local fazendo a perícia e a remoção do corpo. Lamentável!”.

Ainda para piorar os índices, aqui em São Miguel do Guamá, a atual gestão quer implementar o (SEI) Sistema Educacional Interativo, que nada mas é do que um ensino a distância e que mostrar como a educação é tratada pela grande maioria dos gestores, sem comprometimento, pois o SEI é apenas uma educação tecnicista desfarçada pela presença do tutor em sala, ou seja, o povo continuará enganado, ou melhor, continuarão dando aos mais pobres, restos, coisas do capitalismo em que o marginalizado é obrigado a aceitar, com o pensamento de que, é melhor isso que nada.

Prossigamos, a marchinha do Pinduca só no trio dos cursinhos, quando passarem exibindo os troféus, ou melhor, os aprovados do ano que vem.

Por: Alexandre Meireles


 
 
 

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